quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Paródia e Paráfrase

Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!

(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”).
Texto Original
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.

(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”).
Paródia
Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
os passarinhos daqui
não cantam como os de lá.
(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”).

4 comentários:

  1. Aqui dois exemplos a respeito da Paráfrase e da Paródia, assunto do seminário de segunda-feira apresentado por Genilson, Lucivanda e Edilaine.
    (Genilson Dias)

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  2. Acredito que a paráfrase é menos complicada para se realizar em comparação com a paródia, uma vez que na primeira, ocorre apenas mudanças linguísticas, enquanto que na segunda é preciso conhecer todo o contexto ideológico do que será parodiado. Por isso, a paráfrase é angelical, é do bem, já a paródia é demoníaca, é contestadora, é má.
    (Genilson Dias)

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  3. Dá para fazer uma comparação entre este conteúdo trabalhado e o anterior (a música). A paráfrase poderia ser a música brasileira atual, uma música sem contestação e sem engajamento. Já a paródia seria a música dos anos 70 e principalmente 80, músicas contestadoras, polemicas e acima de tudo, com próposito social.
    Por isso, nossa música comtemporânea, com exeções, é efêmera, enquanto que aquelas são eternas!
    (Genilson Dias)

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