Músicas dos anos 60


Os anos 60 conhecido popularmente como os Anos Dourados tiveram fortes acontecimentos como rock de garagem, os movimentos feministas, a viagem psicodélica e os movimentos civis a favor dos negros entre tantos outros movimentos marcantes.
Surgiram os grandes festivais de músicas brasileiras com composições de Torquato Neto, Vandré e Alciole Carlos, os mitos Roberto e Erasmo Carlos que iniciavam suas carreiras e desta forma o Brasil se deliciava com o canto nasal da Bossa Nova e oTropicalismo.
A televisão começou a se popularizar em meados da década de 1960, influenciando na música. Nessa época , a TV Record organizou o Festival de Música Popular Brasileira. Nestes festivais despontam os cantores Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Edu Lobo.

Obs: Nos links a seguir contém letras de músicas dos cantores da década de 60. Não deixe de conferir.


Os principais cantores da década de 60

Em alguns momentos, Chico Buarque de Holanda teve de assinar como o Julinho da Adelaide para driblar a censura e em 1968 despontou com a música "sabiá".
Sabiá
Composição: Tom Jobim e Chico Buarque
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar à sombra
De um palmeira
Que já não há
Colher a flor
Que já não dá
E algum amor Talvez possa espantar
As noites que eu não queira
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
E é pra ficar
Sei que o amor existe
Não sou mais triste
E a nova vida já vai chegar
E a solidão vai se acabar
E a solidão vai se acabar

CAETANO VELOSO
Compositor, cantor e escritor que tinha como slogan "É proibido proibir", influenciado pelo movimento que ocorria em Paris de 1968.

Alegria, Alegria
Composição: Caetano Veloso
Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não..
ELIS REGINA

Tornou-se conhecida em 1965, por ser a vencedora do I festival de Música Popular brasileira da TV Excelsior, com a música "Arrastão", de Edu lobo e Vinicius de Moraes.

Arrastão
Composição: Edu Lobo e Vinicius de Moraes
Eh! tem jangada no mar
Eh! eh! eh! Hoje tem arrastão
Eh! Todo mundo pescar
Chega de sombra e João Jô viu
Olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Iemanjá prá mim
Olha o arrastão entrando no mar sem fim
É meu irmão me traz Iemanjá prá mim
Minha Santa Bárbara me abençoai
Quero me casar com Janaína
Eh! Puxa bem devagar
Eh! eh! eh! Já vem vindo o arrastão
Eh! É a rainha do mar
Vem, vem na rede João prá mim
Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim
Nunca, jamais se viu tanto peixe assim
Valha-me meu Nosso Senhor do Bonfim
Nunca, jamais se viu tanto peixe assim
 GERALDO VANDRÉ


autor da música "Pra não dizer que não falei das flores", que ficou em segundo lugar no Festival da TV Globo de 1968, perdendo para sabiá de Chico Buarque/ Tom Jobim, no entando a música de Geraldo Vandré tornou-se um hino contra ditadura.
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Composição: Geraldo Vandré
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x
)

 EDU LOBO


Iniciou a carreira nos anos 60 e foi influência pela Bossa Nova, quando entao uma parceria com Vinicius de Moraes, compôs " Só me fez bem".


Só me fez bem
Composição: Vinicius de Moraes / Edu Lobo

Não sei se foi um mal
Não sei se foi um bem
Só sei que me fez bem
Ao coração
Sofri, você também,
Chorei, mas não faz mal
Melhor que ter ninguém
No coração
Foi a vida
Foi o amor quem quis
É melhor viver
Do que ser feliz
Foi tudo natural
Ninguém foi de ninguém
Mas me fez tanto bem
Ao coração

MILTON NASCIMENTO

Também conhecido como Bituca. Cantor e compositor brasikeiro, que influenciou fortimente a música popular brasileira compôs com Fernando Brant a canção " Travessia" que ocupou a segunda posição no festival Internascional da Canção de 1967.

Travessia

Milton Nascimento

Composição: Milton Nascimento / Fernando Brant
Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar

Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

 

2 comentários:

  1. "Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz o hora não espera acontecer..." Este foi o lema da revolução no passado e hoje esta música é o lema de todo brasileiro que tem que acordar todos os dias antes do sol nascer para buscar um futuro melhor. É tambem o lema nosso como estudantes e futuros professores, pois, ao invés de ficarmos parados esperando o salário melhorar, a educação melhorar, o governo melhorar, temos que ir as inúmeras salas de aulas e tentarmos fazer a diferenças e embargar este sistema!!! Nada melhor que a arte para gerar uma revolução!! (Ane carla)

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  2. É ISSO ai galera o movimento do tropicalismo foi um momento cultural que se tornou muito polêmico nasceu na MPB e cujos participantes mais conhecidos eram Gilberto Gil, Caetano Veloso, recusando não apenas a submissão a qualquer forma de autoritarismo, incluindo aquele que pretendia determinar o caminho a ser seguido pela produção artística, que impedia a livre a produção.Alguns jovens dessa epoca Conseguiram introduzir uma estética musical inovadora no contexto do rock no Brasil, mas o que se viu foi a continuidade do gosto estudantil pela MPB, apesar desta passar a ser bem menos explicita em seu sentido contestador como consequência da repressão. (Luciene

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